Tirou os sapatos que naquela altura do dia machucavam seus pés. Colocou a bolsa em cima do sofá. Prendeu os cabelos e entrou para o banho.
Celular abandonado na escrivaninha. Toalha pendurada no box. Travesseiro sozinho na cama. No chão da sala um bilhete deixado debaixo da porta que ela não viu.
"Você é a imagem de algo que não posso ter. A felicidade ou a tristeza que nunca tive. Será sempre a minha conjunção "se", o sonho que não se alcança, a porta que não se abriu.
Escohi você sem tu pedir, para ser o meu paraíso secreto. Meu arrependimento. Minha escolha não tomada, que tomaria caso tivesse que viver tudo de novo.
Amo você. Mesmo sem nunca ter sido seu amado."
Por J. Michael P.
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