Sim, seria bem mais fácil se fôssemos meramente estranhos nas vielas e becos deste mundo.
- Adeus, diz o destino separando a gente. Cada segundo, cada decisão, cada instante que tomamos é para isso mesmo: fugir um do outro. Não é o que queremos. Se pudesse, digo por mim, pegaria na sua mão e nunca mais a soltasse. E você?
Mas é chegada a hora. O destino decepcionado, que tanto tentou juntar a gente, combinando de nos encontrar naquela hora e lugar, agora nos permite ir para buscar refúgio em outras pessoas. Tadinhos, diz ele, procuravam o amor e quando encontraram decidiram ignorar.
A "culpa é das estrelas", não é? Não, não. A culpa é totalmente nossa. Eu por não ter coragem de abrir aquela porta e você por não querer me dar a chave. Meu medo de investir errado e seu receio de não se abrir para mim. Agora aqui, cá estamos nós, há desabafar para amigos que riem de como fomos idiotas.
É hora da partida. Seguiremos por caminhos distintos sempre olhando para trás. Imaginando de como seria as coisas se tudo tivesse feito diferente. Como se um pedaço de um ao outro ficou preso no tempo naquele momento em que nos esbarramos.
A saudade irá nos buscar quando a gente menos imaginar. Nas noites frias ou ao menos na vontade de falar com quem nos entende, quando nos detalhes lembrarmos rindo de coisas que aconteceram com a gente. Enfim, é o fim. É o pedido de adeus.
...exceto se a gente não permitir.
por J. Michael P.
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