29/01/2019

A Arte do Imposto


É

 isso mesmo, é tanto imposto, mas tanto imposto, que até o título desta humilde crônica tem haver com imposto. É imposto pro café da manhã, pro almoço, pra janta, pra tomar banho, pra escovar os dentes, pra morrer, pra te escrever isso, e pra e pro para um monte de coisas que o papel não vai ser suficiente.

A situação está tão brava, mas tão brava, que tô sentindo que o povo tá deixando de morrer pra poupar caixão, serviço de quarto, cafezinho e a esposa chorando comovida. Mas só não é difícil se for a sogra a defunta. Aí a gente faz financiamento, pega emprestado com o primo, com o banco, com a vizinha, com o Governo e entra até naquele negócio de Minha Sogra Minha Falecida.. ou seria Minha Casa Minha Vida? Não sei...
Sinto que às vezes que as tartarugas aprenderam a correr no seco, os peixes morreram afogados, as garças voaram, os micos sumiram nos galhos, as onças foram comida pelos papagaios e estes morreram na pedrada. Tô com medo de ser preso pelo IBAMA por meus animais estarem sumindo. Agora sei o que é extinção! (Se você não entendeu a piada, isso quer dizer que sua situação está tão pior que nem reconheceu os bichos nas notas do Real).
Mas é isso mesmo, um dia na merda, outro na fossa.
E é só isso mesmo. 
por J. Michael P.

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