Sobre:
André Vianco é um autor brasileiro que começou como
muitos escritores, editando por conta própria seus livros. Mas a partir do
momento em que suas obras obtiveram boa aceitação no mercado literário, a editora
Novo Século começou a investir no autor, apoiando-o na carreira.
O Senhor da Chuva
Entre homens, anjos e demônios, tudo pode parecer o
fim... Até a chuva chegar.
A história é discorrida simultaneamente em dois
planos, o primeiro, no mundo invisível, anjos e demônios disputam pelo controle
da humanidade, no segundo, as pessoas seguem as suas vidas sem a mínima
percepção de que o mundo é maior do que imaginavam – e mais perigoso também.
Gregório, ou Grégui, era um traficante de drogas. Seu
infeliz caminho o guiou para esta profissão. Mas na esperança de sair deste
estado, aceitou mesmo não tendo a mercadoria necessária, uma barganha que lhe
daria o suficiente para voltar para a fazenda em Belo Verde, onde foi criado,
junto ao seu irmão gêmeo, Samuel.
Na realidade paralela, o anjo Thal e o demônio Khel,
rivais mais do que por destino, se encontram no prédio onde a transação de
Gregório e Pablo (outro traficante dono de boa parte da droga que Grégui usaria
para sua “grande chance”). A chuva testemunhou o ensejo certo para tudo dar errado.
Thal foi derrotado por Khel, enquanto Gregório vítima do seu próprio pecado e
do dinheiro para pagar o traficante, foi encurralado pelos capangas de Pablo.
Era o fim aos seus dias mais normais.
Gregório foi “abduzido” por Thal, que nas últimas e
para não morrer nas garras de Khel, entrou no corpo humano. Ficando, todavia,
aprisionado, podendo ser libertado durante o sono deste. Pablo não ficou para
trás, queria seu dinheiro a todo custo. Khel, por sua vez, perseguindo o anjo,
conseguiu mais do que achar seu inimigo angelical, a ocasião, por conseguinte
as regras divinas, de iniciar a Batalha Negra – uma batalha entre anjos e
demônios para dominar a terra.
Samuel, durante a colheita do milho, achou seu irmão
desacordado e com a memória perdida. Khel viria logo atrás, seguindo o
angelical aprisionado no humano. Pablo também não deixaria a fuga de Grégui ser
uma desculpa para perdoar a dívida. E tudo volta a Belo Verde.
Samuel foi atacado por Khel cruelmente, ficando
apossado do mal, virando um vampiro (um homem sem alma que consome sangue para
viver) – e a principal arma física dos demônios. Grégui descobriu que sua força
era multiplicada quando banhado pela água da chuva e Thal, o famoso General Anjo,
tinha que juntar seu exército para a Batalha Negra.
Mil e duzentos anjos e orações que lhes fortificavam
contra mais de vinte e três mil demônios, parecia uma bela guerra perdida para
o Bem. Os humanos devotos de Satã raptaram Gregório. Tudo conspira contra. Mas
a chuva...
Minha opinião
André Vianco tem talento, é fato. Isso é demonstrado
quando este descreve cenas de ponto de visão e perseguição de um jeito que te
coloca nas cenas, nas batalhas. Adrenalina. Suspense. Porém falha no enredo terrivelmente.
A partir do momento em que Samuel é possuído e vira
um vampiro, Vianco parece-me perder toda a linha de raciocínio do “normal” (abusando
da originalidade que todo autor deve ter) misturando homens, anjos, demônios e
(um) vampiro. Que o autor gosta desse tema, tudo bem, mas cada Náufrago em sua
ilha. Ademais, Vianco tem uma “crise de bondade” impressionante no desfecho do
livro. O estilo de escrita e a ideia são excelentes, mas o enredo deixa a
desejar (muito).
Costumo ler resenhas antes de adquirir livros,
vários resenhistas adoraram a obra, não sei se é para fazer figa para a editora
ou se realmente gostaram (fique à vontade para conferir). Eu não considerei O
Senhor da Chuva ao menos uma obra de razoável para ruim, porém gostaria de ler
outras obras de André.
Nota:
7,0
por J. Michael P.
crédito de imagem: Retirada do Google
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passivo de retirada).
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