O seu cheiro ficou em mim
As marcas do seu sorriso
Um site. Várias emoções.
O seu cheiro ficou em mim
E você chegar assim, aos poucos, sem assustar meu coração, de certa forma fez com que eu me entregasse pra você. Não que precisasse de muito esforço, quando alguém tem essa sua aura que traz paz, que acolhe, fica mais fácil de se confiar.
Freei. Abri os braços. Ela disse algo que não entendi. Abri a viseira, como se fosse ajudar a ouvir melhor. Ela repetiu, enquanto eu fazia cara de que não entendia nada.
Ela me disse que me confundiu. Pensou que era alguém que ela gostava. Continuei sem entender, mas o fofoqueiro que me habita em mim quis saber mais.
Alberto acordou naqueles dias que nem queria acordar. Aqueles dias que você odeia você mesmo no espelho e não quer nem que a voz que habita a gente diga alguma palavra. Passou direto quando o Porteiro disse "bom dia". O porteiro ficou chateado quando não ouviu a resposta. Tal que ficou pensando se disse algo errado e imerso em seus pensamentos não viu que Bruna pediu ajuda com o portão por duas vezes. Ela ficou brava subitamente, o porteiro a ignorou e ela já estava atrasada para o serviço. Forçou o portão que abriu bruscamente, mas acabou quebrando a unha que fez no fim de semana. "Uma fortuna! Culpa daquele porteiro!". No serviço, ainda enfurecida e atrasada para a reunião, disse algo em tom rude com o estagiário que veio oferecer café. Na rapidez da moça, nem percebeu que esbarrou no garoto, derramando o café sobre ele. Uma pena, o jovem tinha uma entrevista interna para ser promovido. A roupa manchada fez com que a Carla do RH o olhasse com desprezo, no dia anterior ela orientou estar impecável, pois ela e o Gerente fariam a esperada entrevista. O Gerente ansioso para conhecer o talentoso rapaz, riu enquanto pensava que Carla não sabia bem reconhecer um talento. Carla, após o destrato do chefe, disse ríspida a faxineira para voltar depois. A faxineira guardou para si o destrato, não precisava dizer grossa assim. Enquanto pensava o ocorrido, saía da sala e não percebeu que sem querer deu com a vassoura em um dos clientes. Cliente que não ouviu o pedido de desculpas. Fuzilou a mulher com o olhar, enquanto chamava ela de "desqualificada".
Já era noite. Depois de 8h de humilhação no trabalho e mais 2 de transporte público.
Assim que a chave torceu a fechadura da porta foi que percebi um clarão na sala escura.
O pequeno apartamento do 3º andar contava com um jantar a luz de velas. Um prato e uma tampa de garrafa pet dispostos em lados opostos, pétalas de rosas pelo piso branco e sobre a mesa, um vinho tinto a decantar...
Esfreguei os meus olhos. Não era possível. Eu moro sozinho! Quem diabos fez isso? De repente meus olhos cansados fisgaram um inseto em cima da mesa. Uma barata!!
Foi de repente...
..cof, cof, cof - fui eu tossindo com falta de ar
... "Anhh" - como se alguém estivesse apertando o meu pescoço. O coração disparado o desespero a falta de ar em meus pulmões
Sério, pensei que estivesse morrendo um infarto sei lá ... qualquer coisa
as ideais DesconeXas
por um momento achei que estivesse em outro lugar
O que está acontecendo comigo? Onde estou?
Num quarto escuro de hotel sozinho devido a uma viagem de trabalho - como de costume - me vi perdido sem socorro, uma angústia tomava conta de mim estava trêmulo
aquela voz que fica dentro da gente me dizia mil coisas diferentes .. estava emotivo e tão logo já chorava de soluçar
a boca seca
a velocidade
das coisas
tudo fora de mim
Não tinha controle sobre o que estava acontecendo, mas os pensamentos negativos que gritavam pela morte, como se me entregar para morrer fosse a única solução ... eu não conseguia sair do lugar .. mal consegui abrir a janela - cadê o ar do mundo, nem ventava - os pensamentos me diziam que atrás da porta tivesse um inimigo .. ah, eu queria morrer ... que tal pular da janela?
a palpitação do coração deScontroLada
o sentimento de tristeza avançando sobre meus ombros - tanto que sentia a região do pescoço pesada, como se alguém a forçasse para baixo ... e a sensação de alguém apertar o meu pescoço
sentia cãibra na panturrilha um frio na barriga e o tum-tum tum-tum do coração completamente acelerado
Estava sozinho, mas não é como se eu estivesse somente sozinho em um quarto. Estava com sentimento de abandono, sem amor, sem sorte, sem vontade de viver. Eu estava muito mal, sem entender. Estava chorando muito, sem força para sair daquele lugar. Eu estava ensopado de suor, os pés formigavam... achava que estava morrendo.
Entre as mãos frias
a voz interna da gente GRITANDO
a respiração OfeGantE
Vi a sensação que esgotava minhas energias se ir embora aos poucos..
Logo conseguia pôr as vírgulas nas minhas palavras. Logo percebia que aquele momento que parecia me atacar a noite toda durou alguns minutos. E fui me acalmando, voltando para dentro de mim mesmo. Sim, eu estava fora de mim!
Tive uma crise de ansiedade. Foi a primeira após passar por um momento complicado depois de um assalto a mão armada em minha casa...
Vem, sem precisar de marcar
Sem local pra gente se encontrar
Sem uma frase decorada, deixando o olhar tímido falar
E entre tropeços de algumas sílabas dizermos um "oi"
Só vem, só vem sem avisar