Não, não sei.
Se for sonho, não me
belisque
Se for real, eu não
acredito
Nos olhos ela tem
dois diamantes negros
Que cortam o raio
da alvorada
Eles traduzem o que
seu nobre coração deseja.
Seu sorriso não é
de quem acredita em conto de fadas
De alguém tímida,
manhosa, dura, mas delicada
Decai a verdade
nessas palavras
Os cabelos escuros
caídos nos ombros é seu charme para o pecado
O perfume, rá! Esse
não dá para sentir por foto
Porém, ainda bem,
este é o motivo de seus sentimentos voltarem logo.
Estranha, sim
Louca, um pouquinho
Uma sereia urbana
perdida no asfalto
Flor colida pelo
Criador para colorir o mundo de um poeta fraco
Um ser com seus
defeitos e deleites
Mas que por nenhuma
perfeição
Trocaria, enfim,
Seu lugar em meu
coração...
Seu valor não pode ser medido em jóias
Ou comparado com outras tantas aí
Porque ela é simplesmente, ela.
Autêntica.
Perfeitamente imperfeita, a qual meus olhos buscam a direção
Cabelo desarrumado, pés descalços ao chão.
Unhas com esmalte saindo
Sorriso perdido, solto, alma de pipa no céu claro
Bela assim, do jeito dela.
Do jeito dela, bela.
por J. Michael P.
crédito de imagem: Freeimages.com
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