E se... Fosse amor? Como eu poderia
saber? Só sei que tropecei em teu sorriso, assim, sem querer. E de alguma forma
eu me vi apaixonado por ele. Caí em teu abraço, desse jeito, como se tivesse
escrito em alguma estrela que era para ser assim. Logo descobri que me sinto
mais protegido dentro dele. Desabei ao toque do teu beijo, não resisti, só me
entreguei. Num momento concluí que ele tem gosto de saudade.
E se... fosse amor? Será que de
alguma forma a distância não separaria a gente? Será que o silêncio não calaria
a nossa voz? Será que você agora não estaria ausente? Não sei, nessas coisas do
amor sou aprendiz ainda. Mas e se a gente soubesse que aquilo que sentimos por
uma pessoa é amor? Lutaríamos desde o início ou esperaríamos escapar por nossos
dedos? Calaríamos quando o silêncio quisesse falar “eu te amo”, fecharíamos
nossos lábios quando queríamos mais um beijo, esconderia nossa mão quando nossa
vontade era de segurar a do outro, desviaríamos o olhar quando te olhar era
tudo o que mais queríamos? Por que às vezes é tão difícil se entregar? E se... Fosse
amor?
Se fosse amor. Poderia ser. O pior
é que esse “se” de possibilidade me mata sem ver algum sinal seu. Dá um grito, um
passo, me liga, manda alguma mensagem, mostra-me algum vestígio para eu saber
que o que passou por aqui não simplesmente levou um pouco de mim, mas deixou
rastros para te seguir até o fim.
por J. Michael P.
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