Sim, eu confesso que
quando você foi embora
Não demorou muito e Ela
entrou na minha vida.
Outra entrou no seu
lugar para no meu peito morar.
Não pude impedir, pois
com aqueles olhos Ela me enfeitiçou
Com aquele jeito, Ela
me conquistou.
As manhãs são
tranquilas quando Ela está comigo
Dividimos o mesmo copo
de café e olhando-a, sorrio.
Às tardes tomo cuidado
para não perder a cabeça
E me perder nos braços,
na pele macia da minha nova companheira.
Na calada das noites,
Ela chega vestida de roupas leves e brancas
Acarreia meus cabelos,
toca seus lábio em minha face, e deita-se na cama,
Ela me dá seu colo, às
vezes passamos em claro conversando,
Porém sempre o amor vem
ao toque dos teus dedos sobre meu corpo.
Desculpa, e nos amamos.
Ela gosta de tomar
banho com a porta aberta. Ela sabe que vai me atiçar.
Me chama quando não
vou, eu vou, e não volto pois ela vem me segurar.
Louca, debaixo d’água,
vamos se entregando ao desejo de amar.
Sofremos por amor um
dia, com certeza, mas em um no outro,
Vemos a felicidade
bater na porta. E a deixamos entrar.
O beijo dela é frio e
sem sabor, o abraço é vazio porém apertado,
Juntando nossos corpos
para tornamos apenas um
O toque me causa
arrepios. Os efeitos Dela são duradouros.
Mas sob a luz das estrelas,
no meu ombro sua cabeça vem pousar.
E ficamos calados,
apenas a respiração a falar.
Assim o cansaço nos
vence, espantoso
Ela apagou aos meus
carinhos. Dormiu para acordar.
Carrego-a para a cama
cheia de pétalas de rosas,
Sob a luz das velas que
testemunharam o querer de dois
Apaixonados eternos,
condenados a amar... sofrer.
Você deve ter ficado
com ciúme. Mas é assim, nesse mar de rosas
Que vivo desde que você
partiu para não mais voltar.
Se quiser, volte. Te
espero no portão.
Ah, o nome Dela?
Claro, te digo, o nome
dela é Solidão.
por J. Michael P.
crédito de imagem: Imagebase.net
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