Sorri. Lembrei agora que a última coisa que eu fazia era te
escrever “boa noite amor”. Engraçado, pensei aqui comigo em como a gente às
vezes confunde o até logo com adeus e vice versa – por isso mesmo termino esse
parágrafo com reticência...
Lembrei-me do calor do teu abraço, que se inclinava para
frente para soltar uma gargalhada, que sempre apertava o off para não ver a
tela de descanso desligar sozinha, suas mensagens de texto, dos seus beijos,
dos nossos planos...
Quase agora mandei uma mensagem para perguntar como você
está. Não é curiosidade, é saudade. A mesma que me bate quando eu acho que já
te esqueci, me joga na lona antes que o gongo comece a soar. Sabe, queria ouvir
você me pedir para eu voltar, assim, meio sem jeito, no mesmo tom que disse
obrigada quando recebeu aquela flor.
Olha só, o celular vibrou, mas não vou olhar porque já sei
que não é você. Talvez nossos destinos se encontrem, os olhares algum dia se
esbarre, e concluiremos que nós somos meros aprendizes nessa arte de amar. Você
sabe, a Vida é uma escola e ela te ensina com a própria prova.
Mas é isso. Uma carta de despedida. Talvez até breve, talvez
adeus. Mas seja muito feliz, ok? Em alguns momentos devemos abrir mão de quem
amamos para vê-lo voar, partir, ir, talvez voltar, com a certeza de que era
para ser exatamente assim, trazendo aquela saudade boa, aquele aperto no
coração de quem somente quem amou nem que seja por um minuto incondicionalmente
pode dizer. Mas vai, voe flor.
Ah, não, não... não iria me esquecendo, não:
Obs.: Eu amo você, tá?!
por J. Michael P.
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